Pinguim-imperador
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Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é a maior ave da família Spheniscidae (pinguins). Os adultos podem medir até 1,22 metros de altura e pesar até 37 kg. Os machos desta espécie são um dos poucos animais que passam o inverno na Antártida. |
Descrição
Um pinguim-imperador adulto tem uma altura de 122 cm e pode pesar entre 22 e 37 kg, dependendo da altura do ciclo reprodutivo em que se encontre; quer o macho quer a fêmea perdem uma quantidade de peso substancial quando se encontram a cuidar das crias e a incubar os ovos. Tal como todas as espécies de pinguins, possuem um corpo esguio que minimiza o atrito enquanto nadam, e asas que se tornaram em barbatanas planas e duras. A língua está equipada com projeções dirigidas para o interior que previnem que as presas capturadas se soltem facilmente. Os machos e as fêmeas são similares em tamanho e coloração. O adulto possui penas dorsais de cor preta, que cobrem a cabeça, a garganta, as costas, a parte dorsal das asas e a cauda. A plumagem preta está bem delineada do resto da plumagem, que é de cor clara. A parte ventral das asas e do corpo são de cor branca, tornando-se de cor amarela pálida na parte mais anterior, enquanto as manchas auriculares são de um amarelo vivo. A mandíbula superior do longo bico de 8 cm é de cor preta, e a mandíbula inferior pode ser rosa, laranja ou lilás.
A taxa de sobrevivência média anual do pinguim-imperador é de cerca de 95,1%, com uma esperança média de vida de 19,9 anos. Os mesmos investigadores estimaram que 1% dos pinguins-imperador nascidos podem potencialmente chegar aos 50 anos. Em contraste, apenas 19% das crias sobrevive ao primeiro ano de vida. Assim sendo, 80% da população de pinguins-imperador é composta por adultos com cinco ou mais anos de vida.
Localização
Como a espécie não possui locais fixos de incubação que os indivíduos possam utilizar para localizar o parceiro ou as crias, o pinguim-imperador tem que utilizar os chamamentos vocais para a identificação. Utiliza um sistema complexo de vocalizações que são vitais no reconhecimento individual entre os progenitores e entre estes e as crias, apresentando a maior variação em vocalizações individuais de todos os pinguins. Quando vocaliza, o pinguim-imperador utiliza dois intervalos de frequência simultaneamente. As crias utilizam uma vocalização modulada em frequência para pedir comida e para contactar os progenitores.
Comportamento
O pinguim-imperador é um animal social relativamente aos seus comportamentos de nidificação e procura de alimento: as aves que caçam juntas podem coordenar os seus mergulhos e retornos à superfície. Possui hábitos tanto diurno quanto noturno. Um macho adulto viaja a maior parte do ano, entre a área de nidificação e as áreas de alimentação no mar. A espécie dispersa no mar entre Janeiro e Março.
A espécie tem sido reproduzida em cativeiro no SeaWorld San Diego; mais de 20 indivíduos nasceram neste local desde 1980.56 57 Considerada como espécie-bandeira, 55 indivíduos existiam em cativeiro, em aquários e zoológicos da América do Norte, em 1999.58 A espécie é conservada em cativeiro em apenas dois locais no mundo.
Quer o macho quer a fêmea de pinguim-imperador procuram alimento até uma distância de 500 km das colónias, cobrindo no total entre 82 e 1454 km por indivíduo e por viagem. Um macho que regresse ao mar após o período de incubação, dirige-se diretamente para áreas de mar aberto permanente, conhecidas como polínias, a cerca de 100 km da colónia.
A dieta do pinguim-imperador é composta principalmente por peixes, crustáceos e cefalópodes, apesar de a sua composição variar de população para população. O peixe é normalmente a fonte de alimento mais importante, sendo que a espécie Pleuragramma antarcticum perfaz a maior parte da dieta da ave.
Predadores
Os predadores do pinguim-imperador incluem aves e mamíferos aquáticos; o petrel-gigante (Macronectes giganteus) é a ave que mais predação exerce sobre o pinguim-imperador, chegando a ser responsável pela morte de 34% das crias em algumas colónias. O mandrião-do-sul (Stercorarius maccormicki) alimenta-se principalmente de crias já mortas, já que as crias vivas são demasiado grandes para serem atacadas, pela altura da sua chegada anual à colónia.
Os principais predadores aquáticos predadores são ambos mamíferos: a foca-leopardo (Hydrurga leptonyx), que captura alguns adultos mas também juvenis que fazem os seus primeiros mergulhos, e a orca (Orcinus orca), que captura aves adultas.
Parada nupcial e reprodução
O pinguim-imperador atinge a maturidade sexual aos três anos de idade, começando a procriar de um a três anos mais tarde. O ciclo de reprodução anual começa no início do inverno antárctico, em Março e Abril, quando os pinguins-imperador maduros viajam até áreas de nidificação em colónias, muitas vezes caminhando 50 a 120 km desde a borda da plataforma de gelo.